Encontro discute sobre novos sujeitos da educação de jovens e adultos

Publicado: Segunda, 27 de Junho de 2022, 12h30

^{Denise Araújo, palestrante do Encontro da Educação Profissional de Jovens e Adultos do Ifap: novos sujeitos}

A educação de jovens e adultos (EJA) passa por um processo de juvenilização, onde pessoas cada vez mais jovens têm buscado a escolarização fora da idade regular, o que reflete um fenômeno de exclusão educacional da sociedade brasileira. Esta é uma das características dos novos sujeitos da EJA apresentadas pela professora Denise Alves de Araújo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na palestra de abertura, nesta segunda-feira (27/6) de manhã, no auditório do Campus Macapá, do Encontro da Educação Profissional de Jovens e Adultos do Instituto Federal do Amapá (Ifap), organizado pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen).

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^{_{Grupo de marabaixo da tia Zezé Libório da Favela fez apresentação na abertura do evento}}

De acordo com a palestrante, que coordena o programa da EJA na UFMG, os sujeitos também são percebidos a partir de diferentes perfis, como de gênero. “O perfil mais comum de mulheres, por exemplo, é de solteiras, viúvas ou separadas, o que nos faz perguntar por que as casadas não estão na escola. Também temos a população LGBTQi+ e também pessoas com sofrimento mental, que exigem de nós sabermos como incluí-los”, afirmou, lembrando ainda da população idosa, que tem outras especificidades.

^{Mesa de honra da solenidade de abertura do Encontro da Educação Profissional de Jovens e Adultos do Ifap}

Com o tema “trajetórias da educação de jovens e adultos para a formação de profissionais com representatividade social”, o Encontro da Educação Profissional de Jovens e Adultos do Ifap foi aberto com uma apresentação cultural do cantor e compositor Roni Morais e o grupo de marabaixo da tia Zezé Libório da Favela, acompanhada da filha Kelli Paixão e da neta Marcelli Libório.

Compuseram a mesa de abertura o pró-reitor de Extensão, Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Romaro Silva, como representante da reitora Marialva Almeida, o pró-reitor de Ensino, Victor Hugo Sales, o diretor-geral do Campus Macapá, Márcio Prado, e a coordenadora de Educação Profissional de Jovens e Adultos do Ifap, Lívia Santos.

Profissionais, alunos e egressos falaram das experiências nos cursos do Proeja no Ifap, durante a mesa-redonda “Meu caminhar na educação de jovens de adultos”, realizada na tarde de segunda-feira. Participaram o professor Pedro Aquino, as alunas Maria de Nazaré Moreira, Ana Caroline Santos e Janaína Souza e a egressa Sandra Pedroso. Também houve apresentação de pôsteres dos alunos do Proeja.

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^{Darlene do Socorro Del-Tetto: "Todo currículo se concretiza no chão da sala de aula"}

Currículo

“Concepções e princípios pedagógicos no currículo integrado da educação de jovens e adultos” foi o tema da palestra da professora Darlene do Socorro Del-Tetto Minervino, na manhã de terça-feira (28/6). “A EJA acontece em outra dimensão da escola, mas na verdade muitas vezes não há uma construção pedagógica para atender às necessidades da EJA. A escola precisa saber quem está atendendo. Todo currículo se concretiza no chão da sala de aula a partir de três elementos, o docente, o aluno e o próprio currículo. Quem direciona é o professor”, afirmou.

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Profissionais, alunos e egressos falaram das experiências nos cursos do Proeja no Ifap

A mesa-redonda “Historicidade e Sujeitos da Educação de Jovens e Adultos” ocorreu com a participação dos acadêmicos de Letras, entre os quais Aline Oliveira, Adriana Andrade, Aretuza Gonçalves, Érika Campos, Felipe Lorran, Iveline Santos, Janaína Reis, Maitê Soares, Marcos Antônio Alves, Wueneton Picanço e Mayla Coelho.

O Encontro da Educação Profissional de Jovens e Adultos do Ifap contou ainda com as palestras da professora Maria Valeska Lopes Viana, do Instituto Federal de Goiás (IFG), com o tema “Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional: por uma política de permanência e sucesso discente”, e do professor Miguel González Arroyo, “Educação de Jovens e Adultos: itinerários pelo direito a uma vida justa”.

Por Suely Leitão, jornalista da Reitoria

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